O ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou sua intenção de registrar sua candidatura à Presidência da República em 2026. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele afirmou: “Eu vou até o último momento buscar pela minha possibilidade de disputar a eleição.”
Bolsonaro se defendeu das alegações que resultaram na sua inelegibilidade, dizendo: “Eu não me vejo impedido de forma legal de disputar a eleição. As duas inelegibilidades, uma por se reunir com embaixadores, abuso de poder político, não tem cabimento. É competência minha reunir com embaixadores e não de ninguém do TSE. A segunda, abuso de poder econômico. Quando acabou o 7 de Setembro, eu deixei minha faixa na cadeira e fui para o carro do Silas Malafaia e falei para talvez um milhão de pessoas. Qual a estrutura do 7 de Setembro que eu usei para isso aí? Nenhuma estrutura. Nenhuma.”
Questionado sobre a comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que registrou sua candidatura à presidência em 2018 após ser condenado por corrupção, Bolsonaro rejeitou a analogia: “Me compara com o Lula não, por favor. Ele passou condenado por três instâncias por corrupção. Eu fui condenado em um tribunal político. Eu acho que ninguém tem dúvida que o TSE é um tribunal político.”
Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou sobre a recente decisão do STF de arquivar o inquérito sobre a fraude no cartão de vacina, esclarecendo: “Eu jamais faria um pedido desse para alguém, me desmoralizaria politicamente, porque sempre fui contra a vacina, que até hoje é experimento.” O ex-presidente também afirmou que a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar o caso não deixou dúvidas sobre sua inocência.
Fonte: gazeta Brasil