Brasília, 16 de Janeiro de 2025 - Após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar a liberação do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro para que ele pudesse comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi confirmada como representante do ex-presidente no evento. A confirmação veio através da assessoria de Bolsonaro no Partido Liberal (PL), onde Michelle foi oficialmente escalada para a "missão". Bolsonaro, investigado pela Operação Tempus Veritatis por suposta tentativa de golpe de Estado, teve seu passaporte retido por ordem judicial, o que o impede de viajar internacionalmente sem autorização.
A negativa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, reforçou o plano B do ex-presidente. Mesmo com a participação de Michelle, aliados de Bolsonaro ainda mantêm uma esperança, embora considerada remota por especialistas, de que ele possa comparecer à posse. Isso dependeria de um recurso a ser apresentado ao plenário da Suprema Corte, cujas chances de sucesso são vistas com ceticismo devido ao histórico de decisões anteriores sobre Bolsonaro. O recurso busca revertir a decisão de Moraes, argumentando a importância da presença de Bolsonaro no fortalecimento das relações bilaterais com os EUA sob a nova administração Trump.
A presença de Michelle Bolsonaro na cerimônia simboliza a continuidade da aliança entre os Bolsonaro e Trump, reforçando as conexões entre a direita brasileira e americana. Enquanto isso, a comunidade jurídica e política no Brasil acompanha de perto os desdobramentos legais, com muitos questionando as implicações internacionais de tais restrições impostas a um ex-chefe de Estado. A decisão do STF e a representação de Michelle na posse de Trump destacam os desafios e as estratégias políticas em um cenário de tensão entre poderes no Brasil.