Em meio às especulações que se está fazendo no Maranhão e Piauí, se informa que o falecido empresário Josival Cavalcante da Silva, o conhecido agiota Pacovan, executado em Zé Doca, teria emprestado algo perto ou superior a R$ 10 milhões para um candidato a deputado federal nas eleições de 2022. Esse político, assim como outros, seria do Piauí, informa o portal AZ.
Pacovan tinha entre seus clientes vários políticos, entre os quais, até candidatos a governador da região.
Em Teresina, seu “atravessador”, ou seja, o intermediário dos empréstimos, tinha na lista deputado federal, estadual e uma recua de prefeitos e candidatos a prefeito.
Falam que o sujeito que candidatou-se a deputado federal estava devendo em torno de R$ 1o milhões ao hoje finado agiota.
Se pagou ou como vai pagar eis o mistério.
Patrimônio
blog do jornalista Domingos Costa ouviu pessoas próximas, amigos e empresários que tinham negócios com Pacovan para saber mais sobre o assunto. Eles revelaram o que seria apenas “parte” da fortuna do empresário, brutalmente assassinado na cidade que ele tanto amava.
Assassinado na sexta-feira dia 14 de junho, Pacovan emprestou nas eleições de 2020, o valor de R$ 3 milhões para Roniel Cardoso dos Santos, que está preso na Bahia; Ele é irmão do prefeito Peteca, de São João do Caru. Como garantia, o empresário recebeu a Fazenda Reali de 3,5 mil hectares.
Na manhã desta sábado (22), o irmão e o pai do prefeito do município de São João do Caru, Antônio Bruno Cardoso dos Santos, conhecido popularmente como “Peteca”, invadiram a sede da Fazenda Reali, que pertence ao empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como “Pacovan”, assassinado na tarde da última sexta-feira (14). A propriedade tem procuração em nome de um advogado de Pacovan.
Conforme apuração do Blog do Domingos Costa, Ronaldo Cardoso, irmão do prefeito e seu pai, Misael Cardoso, conhecido como “Misael do Manguari”, chegaram ao local com cerca 25 homens, a maioria com arma de fogo e expulsaram o vaqueiro que estava no local e outros dois funcionários.
Por determinação do pai e o irmão do prefeito Peteca, os homens ameaçaram de morte o vaqueiro e jogaram suas roupas e pertences no meio da estrada. O grupo chegou à sede da fazenda em três motos, cinco carros e uma caçamba.
O Blog do DC teve acesso a dois vídeos (assista acima) que mostram os veículos na fazenda. Na ação de “retomada” da propriedade, foi colocada uma caçamba atravessada na porta principal da propriedade, impedindo qualquer acesso ao local.
– Fazenda Reali negociada com Pacovan
A Fazenda Reali que até as eleições municipais de 2020 pertencia à família Cardoso é formada por terras que somam cerca de 3,5 mil hectares e passa pelos povoados Conquista, Vila Santa e Fedor todos do perímetro do município de São João do Caru, localizado no interior do Maranhão.
A propriedade estavam sendo alvo de ácida disputa entre o empresário “Pacovan” e a família do “Peteca”.
O negócio entre eles foi fechado por intermédio de um político maranhense nas eleições municipais de 2020. Pelo acordo, “Pacovan” emprestou a quantia de R$ 3 milhões e recebeu como garantia do seu dinheiro a fazenda avaliada em cerca de R$ 6 milhões.
O membro da família Cardoso responsável pelo negócio foi exatamente o dono da propriedade, Roniel Cardoso dos Santos, outro irmão do prefeito Peteca.
Roniel Cardoso dos Santos está preso há cerca de 9 (nove) meses na Bahia, acusado de diversos crimes como associação criminosa, estelionato, crime contra a ordem econômica e relações de consumo e lavagem de dinheiro. Para a polícia ele liderava um criminoso de esquema conhecido como “pirâmide”.
Roniel foi preso no dia 10 de outubro de 2019, na época, as investigações apontaram Roniel como chefe de uma quadrilha que aplicava golpes em servidores públicos, militares e aposentados. Cardoso solto depois e retornou para cadeia no ano passado.
– Outro lado
Em conversa com o Blog do DC, Ronaldo Cardoso, irmão do prefeito Peteca, confirmou que de fato a família retomou o controle da fazenda na manhã deste sábado (22).
Ele disse que junto com seu pai, Misael Cardoso, foi até a Fazenda Reali, mas não com a quantidade de pessoas citadas. Segundo Ronaldo, acompanharam apenas um advogado e mais três homens. No local, conforme sua versão, encontraram um Vaqueiro e mais dois.
“Fomos em dois carros apenas, falamos para o vaqueiro que estava lá que éramos o dono da fazenda, ele entendeu pegou os bagulhos dele e saiu, tinha mais duas pessoas lá que também foram embora”, explicou.
Questionado o motivo que levou retomar o controle da fazenda somente após a morte de Pacovan, o irmão do prefeito disse que estava seguindo as orientações do advogado.
“O meu irmão antes de ser preso deu mil cabeças de gado para Pacovan e mais máquinas pesadas e outros equipamentos, já tinha pagado a dívida, ele sabia disso e já estava tirando o gado dele daqui. Nessa fazenda tinha 5 mil cabeças de gado, mil foi o meu irmão que deu como pagamento. Pacovan tinha tirado mais de 4 mil gados da fazenda, hoje tem apenas cerca de 700 gados dela na Reali. Ele sabia que iria sair porque já havia recebido o valor que meu irmão devia para ele, estava tentando apenas ganhar tempo”, explicou.
– No dia que morreu Pacovan iria para a Fazenda
No dia que foi assassinado, sexta-feira 14 de junho, Pacovan parou no seu posto de combustível Joyce, em Zé Doca, para pegar um material, de lá, se não tivesse sido assassinado, ele seguiria para sua Fazenda [Reali] em São Joao do Caru, onde realizaria o pagamento de seus funcionários e vaqueiros.
Em seguida, o empresário retornaria para Zé Doca, onde dormiria, passaria o sábado (15) e só retornaria para São Luís no domingo, dia 16.
Ocorre que Pacovan foi surpreendido por dois atiradores enquanto estava dentro do depósito de óleo e lubrificante de seu posto de combustível. Ele estava olhando produtos em uma caixa com seu funcionário, que sempre frequentava a Fazenda, identificado como “Carlos”.
O empresário tinha acabado de chegar no local, quando os criminosos o surpreenderam em um de carro Fiat Siena Esence 1.6, placa PMZ8317, de cor preta e ano 2015. Dois atiradores desceram do veículo e o que estava no banco do passageiro, na frente, saiu com arma em punho e efetuou vários disparos no empresário.
Simultaneamente, o segundo homem – que desce do banco de trás do Fiat Siena – foi até perto de onde “Pacovan” já estava no chão para certificar-se de que o alvo estava abatido; o pisoteio também efetua disparos em direção à vítima.
Ao todo, 8 (oito) tiros acetaram Pacovan que morreu ainda no local. O seu funcionário, Carlos, levou cinco tiros e não morreu porque instantaneamente arrastou-se como forma de proteção para detrás de caixas que estavam amontoadas.
A Polícia Civil do Maranhão investiga o caso e mantém total sigilo para não atrapalhar as investigações…
Por Domingos Costa