Há dois anos, numa entrevista ao programa ‘Leriado’, apresentado por Marcelo Minardi (ou Minagi, como o entrevistado o chamou ao longo da conversa), Pacovan contou como chegou ao Maranhão. Natural do município de ‘João Alfredo’, em Pernambuco, Josival Cavalcante da Silva (Pacovan), era leiteiro e trabalhava para um tio seu, ganhando o equivalente hoje a 500 reais por mês.
Ele saiu de João Alfredo e foi morar de favor em Recife, na casa de uma tia, depois de algum tempo, “deu um estalo e decidio morar em São Luís”, disse Pacovan na entrevista, decidido, pegou carona em um caminhão carregado de repolho e foi para Caruaru (PE), em cima da carga, dois dias de viagem depois, chegou em São Luís e desceu na Ceasa, sem conhecer ninguém.
Como estava ajudando a descarregar o repolho, logo se tornou ‘empregado’ do dono do caminhão, no dia que chegou, pediu um prato de comida, fiado, lá mesmo na Ceasa, e disse ao dono do quiosque que pagaria com o que recebesse pelo descarregamento do repolho.
E foi ali que Pacovan se entrosou e conseguiu chegar onde chegou, chegando a comprar 12 boxes, por meio de cooperativa!!! Esse foi o começo da história do homem que teve a sua vida e os seus negócios interrompidos nessa sexta-feira, 14, ao ser executado em plena luz do dia por dois pistoleiros de aluguel!!! O empresário era casado com ‘Edna Pacovan’ e tinha dois filhos: Josival e Joyce!!! A Polícia está se desdobrando para elucidar o crime!!!
A propósito da execução, uma autoridade do parquet maranhense fez o seguinte comentário: “As máfias que saqueiam prefeituras movimentam uma quantidade absurda de recursos. Uma cidade saqueada tem comprometido o dinheiro usado para programas sociais e funcionalismo público. Antes da estruturação das ferramentas de combate à corrupção, havia uma guerra com morticínio de pessoas ligadas a operações de acesso a lavagem de recursos.
O desmonte dos mecanismos de controle, varridos pelo soterramento de atuações de controle, com maior destaque para a Lava Jato, deve trazer de volta uma guerra de máfias. Pacovan era um personagem que não foi alcançado por qualquer medida advindas de instituições de controle. Uma busca simples dá a dimensão dessa atuação, com milhões e milhões em movimentações financeiras.
Por Jhon Cutrin