No próximo dia 22, Flávio Dino vai assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal após ter sido indicado pelo presidente Lula. A chegada à mais alta Corte do país, celebrada numa cerimônia que reunirá as principais autoridades da República, representa o topo que qualquer magistrado sonharia alcançar. No caso de Dino, porém, não é bem assim.
A data vai sacramentar uma inesperada guinada na carreira de Flávio Dino. Ele ingressou na política em 2006, quando, num movimento inverso ao atual, decidiu largar a magistratura. Foi deputado federal, governador do Maranhão e, com alto índice de aprovação, garantiu com facilidade a eleição ao Senado em 2022. A jornada meteórica dava tranquilidade a Dino para dizer, enquanto exercia a função de ministro da Justiça, que disputaria a Presidência tão logo Lula saísse de cena. “Não existe vácuo de poder”, costumava repetir. A ida de Dino à mais alta Corte do país, porém, alterou essa rota – ao menos momentaneamente.