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BOMBA: Rede de Corrupção: “homem-bomba” de Águas Lindas pode “explodir” prefeito

O ex-secretário de administração Silverio Corrêa dos Santos pode se tornar a principal  peça de uma minuciosa investigação policial, caso decida confessar tudo o que sabe sobre um suposto grupo criminoso que atuava dentro da Prefeitura de Águas Lindas de Goiás.

O esquema, segundo o teor do inquérito nº 130/2022 da Delegacia Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Goiás, direcionava licitações de cartas marcadas  que envolvem milhões de reais do dinheiro público.

Um dos investigados pela DEIC, o ex-secretário “número 2” da Prefeitura de Águas Lindas, pode reservar um depoimento-bomba que vai ajudar a esmiuçar o chamado ESCRITÓRIO DO CRIME que funcionava nas dependências da prefeitura.

O esquema teria movimentado milhões de reais. Por possuir conhecimento privilegiado, o ex-vereador Silverio, empresário na cidade, proprietário de um posto de gasolina e de um colégio, passou a ser o principal alvo das investigações

Parte da história, que consta do inquérito nº130/2022 (VEJA AQUI) da Polícia Civil, vazou no início da semana passada e se espalhou como rastilho de pólvora pela cidade.

A peça policial expõe a atuação de um grupo formado por advogados, secretários, além do núcleo de licitação, que fazia da prefeitura um palco das extorsões que começaram em março de 2022 e que pode tragar para dentro do lamaçal o prefeito do município, Lucas Antonietti.

Na copilação de dados dos aparelhos celulares, aprendidos pela polícia, revelam por meio dos diálogos de WhatsApp, uma rede de intrigas, de brigas e ameaças entre os principais personagens dessa historia cabeluda. VEJA AQUI AS MENSAGENS DE WHATSAPP

No cenário de chantagem e de achaques, o prefeito Antonietti é encurralado pelos advogados, Carlos Malta Leite, Marcelo Andreolli de Sousa e Edna Maria de Sousa. VEJA AQUI.

Carlos Malta, segundo o inquérito policial, exige uma propina de R$6 milhões e dois cargos, um para Marcelo e o outro para Edna.

Toda essa negociação, segundo o inquérito, era intermediada pelo então secretário de Administração Silveiro Santos. Ele seria um dos chefes do grupo e estaria por trás da negociata.

No bojo do inquérito aparece também como mentor intelectual do esquema o nome de um suposto “Dr. Fernando”, mencionado como sendo sogro do prefeito.

A exigência de R$ 6 milhões era a condicionante para que o grupo desistisse de uma ação na justiça contra Lucas Antonietti, sobre uma suposta roubalheira de 180 milhões de reais e mais R$36 milhões desviados da saúde.

A ação/ dossiê aponta, segundo o inquérito, fraudes contratuais firmados com a prefeitura, além de outros supostos lícitos.

Tudo isso seria encaminhado ao Ministerio Público por meio do GAECO e para a Polícia Federal, conforme ameaças feitas pelo grupo, caso Antonietti não acatasse o pedido.

Em depoimento na polícia, o prefeito Antonietti contou a versão dele. Afirmou estar sendo  vítima de uma chantagem por demitir os advogados que eram ligados a Procuradoria do Município e o secretário Silverio.

Contou ainda a polícia que havia descoberto que o seu homem de confiança, na verdade, estava metido na história. Silveiro é socio de Carlos Malta em um escritório de Advocacia na cidade de Águas Lindas.

A situação entre os envolvidos é tensa. O RadarDF apurou que a maior preocupação de Lucas Antonietti, bem como toda a estrutura de governo municipal de Águas Lindas, estar em torno de uma possível confissão do “Padre” codinome de Silverio Corrêa, ex-secretário de administração.

Padre teria mandado um recardo, inclusive ao  prefeito, que não estaria disposto descer ao  inferno sozinho.

Silverio, representa para as autoridades policiais a peça principal das investigações que visam desvendar o suposto esquema de corrupção.

Procurado pelo RadarDF, o ex-secretário Silverio Corrêa dos Santos não quis responder aos nossos questionamentos.

O mesmo espaço foi oferecido, por meio de e-mail, à Prefeitura de Águas Lindas, mas não houve resposta.

Os advogados citados na matéria não foram localizados.

Apesar do silêncio, o espaço continuará aberto para possíveis manifestações.

*Toni Duarte é Jornalista e editor do Radar-DF, com experiência em análises de tendências políticas e comportamento social da capital federal. Siga o #radarDF

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