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Brandão reune secretariado, e cobra alinhamento para os que estão fora dos trilhos

reunião on line do governador Carlos Brandão com o secretariado, realizada na tarde-noite de segunda-feira (30), foi muito além de um ato na rotina do Governo. Em meio às avaliações do desempenho das mais diferentes áreas de atuação da máquina pública, o governador, que conhece essa engrenagem a fundo, com expertise para perceber o que anda bem e o que não anda, colocou as cartas na mesa. Ele mostrou exemplos de áreas que têm alcançado desempenho altamente positivo, apontou algumas que poderiam melhorar e não titubeou na avaliação das que avançam com dificuldade. O resultado dessa avaliação foi que o chefe do Executivo jogou aberto e sem rodeios: o Governo tem de funcionar com um padrão, com todas as suas peças alinhadas, sem que haja diferença de qualidade nesse funcionamento. E foi mais direto ainda: secretários que vestem a camisa e brigam por bons resultados terão todo o seu apoio e incentivo; já os que não tiverem esse ânimo, que tratem de mudar e se alinhar ou peçam as contas.

O Governo tem dez meses, e nesse período colocou em marcha grande parte dos projetos pensados com antecedência. Ao longo dessas quarenta semanas, áreas como Educação, Infraestrutura, Saúde, Fazenda, Desenvolvimento, entre outras de grande visibilidade pública, incorporaram a linha de ação e deram as respostas que precisavam dar, apesar dos problemas causados pela escassez de recursos, causada pela queda na arrecadação. Ao mesmo tempo, outras áreas, cujos desempenhos não foram melhores devido à falta de ação e criatividade dos seus dirigentes, entraram na alça de mira do Palácio dos Leões, que vai cobrar o chamado alinhamento, sob pena de revisão dos seus comandos.

O governador Carlos Brandão não usou tom da ameaça para fazer essa avaliação e essa advertência. Ele acredita na equipe que tem – tanto nos secretários escolhidos por ele próprio quanto nos nomeados por indicações políticas e partidárias. O que pretendeu foi chamar a atenção para o fato de que todos estão no mesmo barco e a participação de cada um no Governo exige esforço, dedicação, criatividade e resiliência diante dos problemas que vão surgindo e que podem ser debelados com iniciativas e soluções criativas. Mas fez questão de lembrar que o Governo tem tempo de plantar e de colher, e que se esses timings não forem observados, não há como reverter situações nem evitar prejuízos.

Reuniões como a de segunda-feira fazem parte da ação de governo, e ocorrem quando o governador percebe um processo de acomodação em andamento. Todas as equipes de governos mais recentes passaram por esse “choque de realidade”, o que, via de regra, resultou na melhoria do desempenho da administração. Conhecido pela sua franqueza, o governador Carlos Brandão adicionou uma pitada a mais de realismo na conversa, de modo a acordar os que participam do Governo movidos pela segurança da indicação. A esses, que não escolheu, deixou claro que estão à frente de engrenagens que precisam ser azeitadas e que isso depende de iniciativas dos seus comandantes e das equipes que lideram.

Não custa lembrar que o governador Carlos Brandão é um homem público experiente, dono de uma trajetória rica, acumulando dois mandatos de deputado federal, vários anos como secretário de estado, incluindo a chefia da Casa Civil e mais de sete anos como vice-governador atuante. Conhece a máquina pública maranhense pelo direito e pelo avesso, o que lhe dá condições de perceber o que vai bem e o que precisa mudar, e autoridade para decidir o que deve ser feito para melhorar.   


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