A Comissão de Ética da Câmara Municipal de Caxias abriu, na sessão desta segunda-feira (13), um processo disciplinar contra o vereador Daniel Barros (PDT). O motivo da ação é a série de ofensas pessoais proferidas por Barros durante a sessão realizada em 18 de outubro, direcionadas à deputada estadual e primeira-dama do município, Daniella (PSB). Este episódio ganhou ampla repercussão em todo o Maranhão.
Caso seja condenado ao longo do processo disciplinar, Daniel Barros enfrenta a possibilidade de ter seu mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. A votação do requerimento, apresentado pela procuradora da Mulher, vereadora Ângela Machado, para investigar o discurso ofensivo do vereador, atraiu dezenas de mulheres ao prédio da Câmara Municipal de Caxias.
O ataque covarde de Daniel Barros à parlamentar foi repudiado por 16 dos 19 vereadores de Caxias, pelo prefeito Fábio Gentil, pela Assembleia Legislativa, pela deputada federal Amanda Gentil (PP) e por diversas outras instituições e entidades representativas de diferentes segmentos sociais e políticos. Todos manifestaram solidariedade à deputada Daniella e exigiram justiça diante do ocorrido.
Durante a votação do requerimento para instaurar o processo disciplinar contra Daniel Barros, dezenas de mulheres, muitas segurando cartazes com mensagens de protesto, mobilizaram-se para pressionar o plenário da Câmara Municipal a aprovar as medidas cabíveis contra o vereador agressor. Algumas manifestantes mais exaltadas defenderam a pena máxima, ou seja, a cassação do mandato, dada a gravidade do ato de violência política de gênero cometido contra a deputada estadual Daniella.
