Mais uma pesquisa confiável, essa feita pela empresa Paraná Pesquisas, mostra que, há um ano da corrida às urnas, o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) tem 65,5% de aprovação, e que no principal cenário da disputa de 2024 pelo comando da Prefeitura, ele lidera com 34,8% das intenções de voto. Isso representa nada menos que 13 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o deputado federal Duarte Jr. (PSB), que tem 22,6%, e que é de 26 pontos percentuais distante do terceiro colocado, o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (sem partido), que tem 11,4%. Em seguida, a pesquisa mostra que o deputado estadual Neto Evangelista (União) tem 6,2% das intenções de voto, e que atrás dele estão o deputado Wellington do Curso (PSC) com 5,3%, o vereador Paulo Victor (PSDB) com 3,7% e o deputado Yglésio Moises (PSB) com 3,5%. E numa mostra de que o eleitorado está de fato começando a se posicionar, 8% responderam que se a eleição fosse agora votariam em branco ou anulariam o voto, e 4,5% não quiseram ou não souberam responder.
A pesquisa informa que a vantagem do prefeito Eduardo Braide é consistente. Essa consistência está nos 65,5% de aprovação, contra 29,9% que o reprovam, e que fixam uma marca que poucos prefeitos conseguiram em tempos recentes. Além disso, a distância que ele impõe aos demais com correntes tende a aumentar, já que não existe qualquer indício de que o prefeito de São Luís embarque numa onda de perda de credibilidade. Até aqui, todas as decisões administrativas e posições políticas só valorizaram o seu cacife. Para dar uma demonstração numérica da sua posição, de acordo com os números encontrados pela Paraná Pesquisas, a soma dos percentuais do segundo (22,6%) e do terceiro (11,4%), igual a 34% não supera o seu percentual, que é de 34,8%. Logo, pesquisa veio como uma espécie de recado aos seus concorrentes que será muito difícil reverter essa tendência, mesmo considerando o fato de que faltam ainda 366 dias para a eleição.
Mesmo sendo um cacife nada desprezível, os 22,6% de intenção de votos dados ao deputado federal Duarte Jr. o estimulam a continuar na disputa, apostando numa reviravolta. O problema é que, enquanto ele faz uma pré-campanha de intenso bombardeio verbal contra o prefeito nas redes sociais, Eduardo Braide intensifica um ambicioso programa de obras na Capital, como o “Trânsito Livre”, por meio do qual ele trabalha para destravar o fluxo de veículos com a extinção de alguns gargalos, como as rotatórias da Avenida dos Holandeses, por exemplo. Além do mais, pelo menos até aqui, o prefeito faz uma gestão inatacável do ponto de vista ético, o que tira dos adversários a possibilidade de um discurso mais agressivo durante a campanha. E para fechar sua couraça de proteção, o prefeito faz sua gestão a céu aberto, sem uma sombra política protetora.
O levantamento da Paraná Pesquisa explicou em parte a decisão do vereador-presidente Paulo Victor (PSDB) de arquivar o seu projeto de candidatura, para centrar seus esforços no projeto de reeleição. Ele constatou a impossibilidade de se tornar o adversário do prefeito num eventual segundo turno e chegou à conclusão de que participar por participar para ele não faria sentido. Com a sua saída, é provável que o prefeito Eduardo Braide refaça sua aliança com o PDT, que ficou solto com a saída de Paulo Victor e não tem perspectiva de lançar um candidato. Isso pode compensar o eventual fortalecimento da pré-candidatura do deputado estadual Neto Evangelista.
A pesquisa divulgada ontem veio colocar um pouco de ordem no cenário, que vai ganhar definição e movimento depois da virada do ano, já com o quadro de pré-candidatos mais ou menos definido, com o eleitorado de São Luís já sabendo qual o futuro do senador licenciado Flávio Dino (PSB), atual ministro da Justiça e Segurança Pública, e a posição do governador Carlos Brandão (PSB), fatores importantes na guerra pelo comando político e administrativo da Capital.
Em Tempo: a pesquisa foi realizada no período de 28/09 a 01/10, ouviu 722 eleitores, tem margem de erro de 3,7 pontos percentuais para mais ou para menos e 95,5% de confiança.