O ministro da Justiça, Flávio Dino, foi convocado novamente para prestar esclarecimentos na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. A audiência está marcada para a próxima terça-feira, 24.
No último dia 10, ele faltou a uma sessão na mesma comissão. Como se tratava de uma convocação, o ministro era obrigado a comparecer, mas alegou necessidade de acompanhar uma operação integrada da Polícia Federal em vários estados, coordenada pelo ministério.
A ausência causou fúria entre os bolsonaristas, que chegaram a pedir a condução coercitiva de Dino. A comissão, presidida pelo deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), é constituída majoritariamente por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e parlamentares ligados a forças de segurança, como policiais e militares.
Foram vinte requerimentos para ouvir o ministro, quase todos apresentados por deputados do PL. Os parlamentares querem que Dino esclareça a prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, realizada pela Polícia Federal, o decreto que instituiu novas regras para posse e porte de armas e a exclusão de imagens das câmeras de segurança do dia 8 de janeiro.
Os pedidos ocorrem em meio a críticas à gestão na área da segurança pública e à possibilidade de Dino deixar o governo para assumir a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro será mais um no qual o ministro deverá ficar frente a frente com a oposição bolsonarista — ele é um dos integrantes do governo que mais vezes foram ao Congresso para prestar esclarecimentos. (Veja)
Fonte: Jhon Cutrim