O ex-ministro da Educação, um dos principais nomes da Direita no país, Abraham Weintraub, afirmou que aceitaria entrar para a política no estado de São Paulo em um possível cargo de senador ou governador. Em uma entrevista concedida para o Canal da Coalizão News, no YouTube, o ex-ministro falou sobre o assunto:
“Eu não toparia ser politico para o resto da vida, mas toparia entrar pra fazer uma mudança. Fico tentado a isso”, disse.
Apesar de se manifestar a favor de uma futura candidatura, Weintraub destacou que sua qualidade de vida piorou bastante depois de sua entrada para a vida pública, e ressaltou que sua família tem sofrido, por exemplo, com os inúmeros processos a que responde.
“As pessoas me mandam mensagens pedindo pra eu voltar e ser governador, senador e eu me sinto tocado com isso, evidentemente. Minha vida melhorou depois da vida pública? Não, muito pelo contrário. A qualidade de vida, principalmente financeira, caiu muito. Minha vida em São Paulo era muito melhor. A quantidade de processos que eu tenho hoje é muito. Minha família sofre com isso, portanto, o saldo é ruim”, ponderou.
Abraham ressaltou, porém, que viveu um momento de satisfação pessoal enquanto foi ministro da Educação e lembrou de episódios que marcaram sua gestão como os diversos “cortes” dados em jornalistas da Globo e das falas ácidas proferidas no Congresso Nacional.
“Tive satisfação pessoal de falar as coisas que falei no congresso? Muita, muita. Isso me da uma satisfação enorme. Mandar a Globo pastar, dizer pra jornalista da Globo: ‘sai daqui, não quero papo com vocês, não. Sai fora’. Dá uma satisfação maior ainda, tratar o cidadão comum com toda atenção que merece, pois é assim que deveria ser: portas abertas”, disse.
Weintraub disse que se tivesse ficado no Brasil, teria se tornado um preso político. Weintraub contou que seus filhos chegaram a ser ameaçados por membros de ONGs e disse se preocupar com a segurança deles e da esposa.
“Então, pra ser governador, o salario é de 16 mil reais. Vai ser bom? Não, pois isso pagará somente os advogados para os processos que vou receber. Chegando lá, como vai ficar com PCC? Não vai ficar. Como é que vai ficar com sindicato dos professores? Não vai poder entrar em greve no retorno às aulas. Eu vou arrumar confusão. Eu fui muito ameaçado, vocês viram. Eu acho que o Alexandre de Moraes iria mandar entrar no meu apartamento [caso ficasse no Brasil] e levar celular dos meus filhos, etc, como fizeram com outras 70 pessoas”, alfinetou.
Fonte: Folha da República