Por dois votos a um, os desembargadores da 1ª Turma Especializada do TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) determinaram, nesta quarta-feira (8), que o ex-presidente Michel Temer e o coronel João Batista Lima Filho, amigo e braço-direito dele, voltem à prisão.
Temer e coronel Lima foram presos em 21 de março deste ano, na Operação Descontaminação, que investiga desvios em contratos da Eletronuclear. Quatro dias depois, os dois e mais seis acusados, entre eles o ex-ministro Moreira Franco, ganharam liberdade ao serem beneficiados por habeas corpus concedidos pelo mesmo tribunal.
No pedido de revisão da decisão, o MPF (Ministério Público Federal) reafirmou a necessidade de prender novamente os envolvidos no processo em razão do risco de ocultação e destruição de provas. No entanto, a Justiça manteve Moreira Franco e outros cinco em liberdade.
Na denúncia, os procuradores sustentaram que todos fazem parte de uma organização criminosa que já desviou R$ 1,8 bilhão dos cofres públicos em quarenta anos. Entre os crimes apontados estão corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O advogado de Temer, Eduardo Pizarro Carnelós, disse que o ex-presidente deve se entregar nesta quinta-feira (9), e ainda não sabe se ele ficará preso no Rio ou em São Paulo.