O presidente Jair Bolsonaro determinou no fim desta sexta-feira, 15, a exoneraração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. A decisão aconteceu depois de uma reunião entre o Bebianno, o presidente Jair Bolsonaro e integrantes do governo, como o vice-presidente Hamilton Mourão.
A saída oficial do ministro deve ser oficializada na próxima segunda-feira, 18, no Diário Oficial. A Folha de S. Paulo afirma que Bolsonaro já deixou o ato de exoneração assinado.
Entenda
A crise entre os membros do PSL aconteceu depois da divulgação de uma reportagem da Folha de S. Paulo que aponta que o grupo do presidente do PSL, Luciano Bivar, criou uma candidatura ‘laranja’ que recebeu R$ 400 mil de dinheiro público para as eleições. O dinheiro para a candidata, uma senhora de 68 anos que só teve 274 votos, teria sido liberado por Bebianno.
O dinheiro do fundo partidário do PSL foi enviado pela direção nacional da sigla para a conta da candidata em 3 de outubro, quatro dias antes da eleição. Na época, o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência era presidente interino da legenda e coordenador da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), com foco em discurso de ética e combate à corrupção.
Ele teria liberado ainda R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para uma gráfica registrada em endereço de fachada —sem maquinário para impressões em massa.
A candidatura laranja virou alvo da Polícia Federal, da Procuradoria e da Polícia Civil do estado.
O então ministro negou que estaria protagonizando uma crise no governo Bolsonaro e afirmou que chegou a trocar mensagens com o presidente sobre o caso. Na quarta-feira, 14, o filho de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, afirmou que o Bebianno estava mentindo. ““Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: ‘É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano [sic] que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista’”, disse.