Marcos Valério contou – em acordo de colaboração premiada assinado com a Polícia Federal (PF) – que a Andrade Gutierrez pagou, em 2005, R$ 5 milhões aos advogados das empresas de publicidade mineiras investigadas no processo do mensalão, das quais era sócio.
No relato, Valério, disse ter sido informado por Paulo Okamotto, então presidente do Sebrae e braço-direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o pagamento aos advogados, que teria como objetivo tentar proteger o governo.
Agora a colaboração de Valério depende de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Valério disse que Okamotto era a pessoa designada por Lula para ser o interlocutor do partido com as agências SMP&B e DNA, usadas em esquema de corrupção envolvendo contratos de publicidade que tinham como objetivo desviar recursos do Banco do Brasil para políticos.
Detalhe: como Lula e Okamotto não possuem foro privilegiado, não podem ser blindados pela PGR. Ou seja, dificilmente alguém irá enterrar a delação de Valério.