Por Leandro Miranda
O IDAC começou a atuar no Maranhão em 2013, sendo beneficiado com R$ 100 milhões só na gestão de Murad. O ex-secretário e Antônio Aragão, dono do instituto e presidente do PSDC, tinham relação estreita e políticas. A dupla é responsável pela eleição do deputado federal Aluísio Mendes. Todo o esquema foi descoberta no último dia 2, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Rêmora, desdobramento da operação Sermão aos Peixes, onde o alvo foi justamente Murad apontado como chefe de uma organização criminosa que atuava na saúde.
Em nota enviada ao Fantástico, a ex-governadora Roseana Sarney se limitou a dizer que todos os contratos eram auditados em seu Governo, mas não foi esse o entendimento da Polícia Federal e do Ministério Público nas investigações. Conforme destaca trecho do inquérito da PF, “foram identificados fortes indícios de distribuição de valores a agentes políticos, que serviam como padrinhos da Organização Social e auxiliavam o IDAC na obtenção de contratos públicos”.
O atual secretário de Saúde, Carlos Lula, assim que tomou conhecimento da situação do IDAC ordenou o cancelamento imediato dos contratos com o Instituto.
Antônio Aragão está preso em Pedrinhas e Ricardo Murad está com o passaporte retido pela PF. Resta saber como fica a situação de Roseana caso sejam descobertos novos indícios de sua participação nos desvios.